Em tempos de expectativas para a Copa do Mundo e debates sobre a escalação das seleções, fica difícil para alguém que gosta de futebol como eu ficar sem dar pitacos sobre o assunto.
E confesso que fiquei surpreso com a reação da imprensa e de algumas pessoas sobre a escalação do Dunga. Afinal, era essa a seleção que ele vinha escalando, não era? Ah, mas aí vem o pessoal e diz: e a gurizada, que tá jogando tão bem? E as críticas vão se avolumando, sem que as pessoas se lembrem de tantos casos de excelentes jogadores de clube, mas péssimos jogadores de seleção.
Esse é o mundo em que vivemos atualmente. Onde o trabalho e a dedicação são tomados como bobagens, o esforço e o trabalho duro são tidos como "coisa de otário", e onde o que importa é a evidência. É o mundo dos relacionamentos curtos e em rodízio, onde se tiram e se colocam as pessoas como se tudo não passasse de um joguinho de computador. É claro que isso não quer dizer que não devemos ficar abertos aos que acontece de novo, mas ir simplesmente seguindo a maré de um lado ao outro e sem um rumo certo não me parece algo que vá dar grandes resultados.
Não sei quem vai ganhar essa copa, mas o Dunga fez o seu roteiro, preparou o seu barco e os seus tripulantes, e agora é a hora da viagem. E para uma boa viagem é preciso que o capitão do barco confie nos que estão sob seu comando. E se ele confia, eu como torcedor otimista, eu também confio...
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